Interpretação sobre o Óleo Lubrificante

Todos os resultados das análises são interpretados por Técnicos especializados que fornecem ao Cliente um Laudo contemplando as recomendações necessárias em função de três principais fatores:

  • Condição do equipamento;
  • Saúde do fluido;
  • Contaminantes.

Os relatórios são apresentados, normalmente, contemplando os seguintes níveis de criticidade: 

Normal : O equipamento não requer nenhuma intervenção, de acordo com seu histórico de resultados. 

Monitorar: Intervenções devem ser realizadas nas paradas programadas do equipamento para manutenção de acordo com seu histórico de resultados e devem ser monitoradas quanto à sua evolução. 

Crítico: A amostra indica a necessidade de execução de ações imediatas no equipamento, de acordo com o seu histórico de resultados e acompanhamento de manutenção. *Neste caso, além da opção de recebimento dos resultados (e-mail ou SOS Web), um e-mail é enviado antecipadamente ao cliente contendo um arquivo em formato PDF com os detalhes da ação de inspeção necessária. 

Análise por Tendências

A análise de tendência permite identificar e estabelecer um padrão de comportamento para um determinado componente. As unidades de tempo, tais como horas de serviço, ciclos e outras podem ser utilizadas para determinar a taxa de desgaste ou alteração desse padrão.

Figure 4 – Trend-line Slope is a Visual Indication of Rate-of-change and Parameter Severity (FITCH AND TROYER, 2010) The figure above has been extracted of the book “Basic Oil Analysis. Ed.2” – Page 113

Perguntas básicas
Houve desgaste? O óleo está degradadoO óleo está contaminadoO óleo utilizado está correto?

Houve desgaste? Qual a taxa de desgaste?

Cada sistema lubrificado com óleo tem uma concentração específica de metais de desgaste produzidos durante a operação normal. Ao avaliar o desgaste no interior do compartimento lubrificado, podemos ver se as taxas estão normais ou não. 

O desgaste pode ocorrer pouco a pouco por simples fricção, pode ser abrasivo, corrosivo, tempo de vida do ativo, atrito, aumento de carga, desalinhamento entre componentes, etc.


Devem ser observados os seguintes resultados:

  • Ferro, cobre, cromo, chumbo, estanho e alumínio;
  • Contagem de partículas;
  • Resultado de limalhas.

 

O óleo está degradado?

A degradação do óleo e esgotamento dos aditivos podem ser causadas pelo tempo de uso por exemplo, ou ser provocada devido a contaminação por água, combustível ou condições como alta temperatura. Isso pode danificar os componentes nos compartimentos lubrificados com óleo, por isso, é importante saber se o óleo atingiu o fim da sua vida útil.

Devem ser observados os seguintes resultados:

  • Oxidação, Nitração, Sulfatação;
  • Total Base Number;
  • Total Acid Number;
  • Viscosidade.

Houve contaminação?

Contaminante pode ser considerado como tudo aquilo que não faz parte do óleo ou fluido.

Exemplo: Poeira, água, combustível, limalhas, borracha, etc.

Devem ser observados os seguintes resultados:

  • Silício, alumínio, sódio, potássio, molibdênio;
  • Contagem de partículas;
  • Viscosidade;
  • Fuligem;
  • Combustível;
  • Água.

O óleo utilizado está correto?

Uso de fluido incorreto no compartimento errado pode afetar o desempenho e a proteção da lubrificação ou até causar sérios danos aos principais componentes. Para determinar se o fluido está correto, é importante usar uma amostra precisa com a identificação correta. 

Esta verificação nos ajuda a identificar se o óleo utilizado é o recomendado, de acordo com algumas especificações como viscosidade e aditivo anti-desgaste (mínimo 900 ppm de zinco para óleos de sistemas hidráulicos).

Devem ser observados os seguintes resultados:

  • Viscosidade;
  • Carga aditiva.

Envio de amostras

  • Fechar bem o frasco com a amostra;
  • Verificar se todos os dados e volume estão corretos;
  • Enviar a amostra para o laboratório assim que for coletada